Recriar, reinventar, reciclar é um exercício que devemos fazer todos os dias a nossa faculdade mental. O cotidiano monótono torna a vida num copioso dissabor.
Rabisque, mas apague quantas vezes for necessário. As diferentes funções da mente relacionam-se com as diversas esferas mentais, que, uma vez ativadas pelo imaginário, possibilitam à mente humana conectar-se ao campo de ideias e ter acesso à informação para influenciar, positivamente, as esferas mentais e obter resultados elevados.
Seja visceral, faça da tua mente um instrumento de sua criação, faça como Marcel Prost, transmuta o tempo perdido em tempo redescoberto. Ofereça a consciência fragmentos preciosos de um passado de outra forma irremediavelmente perdido, em contraste com os fragmentos inertes e sem vida reconstituídos pela memória voluntária, a memória involuntária é a verdadeira alavanca da redescoberta do tempo.
Desfazer para refazer é libertar-se da prisão do passado, e transformar-se em atemporal. Ter predominância simétrica do cérebro. A força do recomeço vem das derrotas. É preciso assimilar as nuanças dos sentidos internos, assim como coeficiente da variação, que, quanto menor for o seu valor, mais homogêneos serão os dados.
Customize, conserte, emenda, refaça, reconstrua, renove, melhore, moralize, refunda, regenere, robusteça as ideias, a vida e todas as possibilidades que houver.
Texto: Henrique Oliveira
quarta-feira, 22 de maio de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
O risco da carreira musical na zona de conforto
“Na psicologia, a zona de conforto é uma série de ações, pensamentos e/ou comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco. Nessa condição a pessoa realiza um determinado número de comportamentos que lhe dá um desempenho constante, porém limitado e com uma sensação de segurança. Segundo essa teoria, porém, um indivíduo necessita saber operar fora de sua zona de conforto para realizar avanços em seu desempenho – por exemplo no trabalho – eventualmente chegando a uma segunda zona de conforto.” (Fonte: Wikipédia).
Quando falamos de carreira musical enfocamos o termo ‘desenvolvimento’. Desenvolver é crescer, progredir, melhorar. Ou seja, uma carreira musical é construída com ações sucessivas, cujos resultados, somados no tempo, definem o alcance do artista no mercado. Inovação é a palavra-chave deste processo contínuo. Tanto a inovação no produto (o talento, a criatividade), quanto a inovação no processo (a estratégia, o modelo de negócio).
Sucessos passados, por exemplo, podem colocar o músico na zona de conforto, bloqueando descobertas de ações criativas que gerem novos resultados. O objetivo deste texto é alertar para o perigo que representa a acomodação profissional, quer dizer, o artista que não alimenta pretensões na carreira. As melhores estratégias para evitar essa armadilha são: estar atento ao mercado, buscar novas parcerias, escutar gêneros musicais variados, frequentar eventos sociais, ler a mídia especializada e estabelecer uma rotina que contemple os momentos de criação, de laboratório, de experimentação.
Se toda nova ação envolve um certo grau de risco, também é verdade que não fazer nada é igualmente arriscado. Ao ficar parado, corre-se o risco de ser atropelado ou de ficar para trás.
Por Leo Salazar
Quando falamos de carreira musical enfocamos o termo ‘desenvolvimento’. Desenvolver é crescer, progredir, melhorar. Ou seja, uma carreira musical é construída com ações sucessivas, cujos resultados, somados no tempo, definem o alcance do artista no mercado. Inovação é a palavra-chave deste processo contínuo. Tanto a inovação no produto (o talento, a criatividade), quanto a inovação no processo (a estratégia, o modelo de negócio).
Sucessos passados, por exemplo, podem colocar o músico na zona de conforto, bloqueando descobertas de ações criativas que gerem novos resultados. O objetivo deste texto é alertar para o perigo que representa a acomodação profissional, quer dizer, o artista que não alimenta pretensões na carreira. As melhores estratégias para evitar essa armadilha são: estar atento ao mercado, buscar novas parcerias, escutar gêneros musicais variados, frequentar eventos sociais, ler a mídia especializada e estabelecer uma rotina que contemple os momentos de criação, de laboratório, de experimentação.
Se toda nova ação envolve um certo grau de risco, também é verdade que não fazer nada é igualmente arriscado. Ao ficar parado, corre-se o risco de ser atropelado ou de ficar para trás.
Por Leo Salazar
domingo, 5 de maio de 2013
O poder da nossa razão
Vivemos num barril de pólvora e, independentemente das nossas pessoais depressões e das pequenas angústias quotidianas que nos assaltam, parece não atentarmos, com seriedade, na natureza do problema. A nova crise do capitalismo agudiza-se sem complacência, e os seus turiferários não param de o elogiar.
Inexiste um estudo profundo e rigoroso esclarecedor do “estado a que isto chegou.” Entrou-se, de novo, nos territórios da “banalidade do mal”, extensivo a todos os sectores (sem excepção) das sociedades.
Hannah Arendt referia-se às características maléficas dos totalitarismos, e sobre o assunto escreveu, pelo menos, dois magnos tratados. Judia, antinazifascista e campeã da causa da liberdade, foi, ela própria, um exemplo da “contradição elementar”: amantizou-se com Heiddegger, seu professor, membro activo no partido nazi – e um dos maiores filósofos de sempre.
É evidente que o capitalismo está em acentuado declive; mas daí até ao seu fim vai uma imponderável distância. Essa evidência arrasta consigo outra evidência: não surge nenhuma alternativa e, aliás, ninguém manifesta o mais ténue interesse em combatê-lo, a não ser em termos de retórica. Essa retórica, porém, não ultrapassa os seus limites e é cediça, anacrónica, baseada nas linhas tradicionais dos finais do século XIX.
A “banalidade do mal” também advém dessa preguiça mental e dessa inércia especulativa que não consegue ser o que Marx desejava: ser dialéctica. Já dois homens de Direita, Raymond Aron e Jean-François Revel, assinalaram o vácuo filosófico e a deficiente interpretação dos textos do autor da “Crítica do Programa de Gotha”. Tanto Aron quanto Revel, com o rolar dos anos, resvalaram para um reaccionarismo sem saída. Hoje, são relíquias que os movimentos mais retrógrados vão recuperar no sótão das velharias.
A Esquerda não expõe alternativas à crise, e a Direita, como seu reflexo, é um realejo de remotos autores. Com a queda do Muro de Berlim, tanto a Esquerda como a Direita ficaram desempregadas. E, para “salvar” o capitalismo, os governos (responsáveis pelo descalabro) recorrem às nacionalizações, expediente do breviário socialista.
A verdade é que não se vêem soluções à vista. A génese da crise é diversa, confusa e, até agora, inexplicada. A tempestade que varreu, mundialmente, o mundo da finança não tem uma só origem. E como ninguém sabe, rigorosamente, onde está o busílis, também ninguém conhece o remédio para a cura. As decisões até hoje tomadas são meramente ocasionais, o que alimenta a tragédia do desemprego generalizado e, por consequência, a previsível agitação social, cujas consequências são imponderáveis.
Não digamos que tudo está em aberto: na realidade, tudo parece hermeticamente fechado. Nenhum governo se atreve a formular o mais ténue discurso optimista, pelo contrário: carregam na nota e advertem-nos de que temos de fazer sacrifícios inauditos. “Este será o pior ano para a economia, desde o final da Segunda Guerra Mundial”, esclarecem graves instituições internacionais.
Autor: Baptista Bastos.
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