quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Incertezas

Sinto-me frágil perto da incerteza, mas sinto uma enorme coragem quanto estou preste a ser devorado por essa incerteza. É como se eu estivesse me jogando de um abismo, embora eu nunca tenha me jogado de um, é essa incerteza que me apraz. Incerteza de tudo, tal vez, às vezes do ontem que se foi, do amanhã que está a caminho. Escrevo incerto de que tudo vai se esclarecer, como a vida, como o vento, que no final do dia traz a chuva. Pobres dos poetas, escritores que não estão livres destas prisões. Quer um conselho, se jogue nas incertezas, deleita nos seus braços, goza de seus fragmentos, depois ela vai embora e te deixa uma certeza, “ó incerteza cruel".

Texto: Henrique Oliveira.

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